sábado, 23 de novembro de 2013

Penedo/Itatiaia 06/07/2013

 Essa foi no comeco de Julho.

Mais uma na mare das coisas que nao conseguimos chegar ao destino planejado, hehe. Mas o bom do passeio e isso, estar aberto a possibilidades.

Desta vez fomos de carro pois levamos nossos grandes amigos Bruno e Pamela.

Pegamos a Dutra sentido RJ, em 140km estavamos passando pela entrada do Parque Nacional do Itatiaia (otimo, retorno so laaaaaaa na frente) e entao resolvemos ir direto pra Penedo.

Penedo e muito bonito, fomos ate o pico (uma subida de uns bons metros) encontramos com o povo do Tenere Club por la (tinha muita gente se matando pra subir kkkk).

Tomamos um sorvete e comemos alguns dos chocolates "finlandeses". De la esticamos ate Visconde de Maua e me senti triste por nao estar de moto para aproveitar as maravilhas da regiao!

La tomamos um refrigerante e voltamos, pois estava ficando escuro.

Mas prometi a mim mesmo que volto la!!!

Mas o trabalho nao ta deixando kkkkkkkkk

Olha o estado que o carro ficou! Obs.: Preciso de um carro alto rs.
Seguem algumas fotos!
Cachoeiras na estrada (literalmente) em Penedo! 
Mogli kkkk

A vista la de cima
Vista da estrada para Visconde de Maua

terça-feira, 3 de setembro de 2013

E nós tentamos

Poisé!

Saimos de taubaté as 10h da manhã de 6 de julho. Pela dutra seguimos até Guaratinguetá, onde começamos a seguir os marcos.

As paisagens começavam a aparecer e a adrenalina de realizar um sonho estava cada vez mais presente nos nossos organismos!

Logo no começo do trecho de terra resolvemos parar: nossos cavalos mecânicos encontraram colegas de carne e osso para um bate papo... Um grupo de tropeiros que vinha de algum lugar de minas.


Dali fomos seguindo os marcos e as marcações do GPS (mesmo assim erramos o caminho algumas várias vezes).



A Super Tenere não fez feio perto das landers! Mesmo pesadona andou na terra mandando bem.

A trupe

Chegando no pé da serra de Cruzeiro a Passa Quatro, em vez de subir por asfalto continuamos pela estrada real. Passamos essa pontezinha ai em baixo empurrando: não deu coragem de ir em cima da moto!!!


Praticamente uma trilha! Se tivesse com outra moto teria curtido bem mais. Mas a super, como a rainha que é, seguiu com maestria!



Infelizmente, ao chegar no topo da serra, minha moto começou com um comportamento estranho. Mesmo assim, seguimos até São Lourenço, sempre seguindo a ER ao máximo.


No outro dia, a moto resolveu pedir arrego. Sõ consegui fazê-la ligar quase as 11h da manhã, perdendo o dia, e a com a moto ainda estranha. Resolvi voltar pra casa. ER 1 X Super Tenere 0. Mas vai ter revanche!!!

Meus companheiros Osama e Noellen seguiram mais um dia pela ER antes de decidir voltar.

Obrigado Noellen e Osama pela companhia e ajuda! 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Preparações

E mais uma vez,
Vem chegando a hora.
A cabeça não mais relaxa,
As mão ficam trêmulas
Não sabem o que fazer
Os olhos procuram alvos: O que eu esqueci dessa vez ?
Revira-se a lista de itens algumas dezenas de vezes.
E cada item é revisado em separado.
Tiramos os insetos da viseira, para pelo menos por algumas horas à termos limpa.
Está tudo pronto, e nada tranquiliza a mente do viajante!
Vamos percorrer não uma estrada ou caminho, mas um sonho.
Lá vamos nós, seja por asfalto ou terra
Atrás de aventura!

ESTRADA REAL!!!
É meus amigos, finalmente! A anos que sonho com percorrer essa estrada. De 06 a 09 de julho eu, a patroa na garupa e irmãos highlanders vamos fazer o caminho velho!

Infelizmente pelo pouco tempo disponível, será cortada a primeira parte (Paraty - guaratinguetá). Vamos começar em Guaratinguetá, com a intenção de chegar em Ouro Preto em três dias.

A previsão do tempo está perfeita, e já estamos deixando as coisas acertadas. Estou terminando os acertos na moto, e olhando, reolhando, procurando tudo que possa dar defeito lá no meio do nada.

Fiquem ligados!

terça-feira, 11 de junho de 2013

Bagagem de viagem - Eletrônicos

Falar de bagagens é um clichê. Quando começamos a falar de roupas a levar, tem gente que levar 3 camisetas pra cada dia de viagem e traga de volta, tem quem leve várias camisetas velhas e vá descartando, tem que vá com apenas uma e fique com ela por semanas (ave!). Isso vai do nariz de cada um, e do quanto está disposto a levar na bagagem. Eu, particularmente, tenho alergias se fico mais de um dia com a mesma roupa.

Nos eletrônicos, via de regra, quanto mais compacto e mais completo um aparelho for, mais caro. Então cabe a cada um escolher para si o melhor custo x benefício dentro das suas necessidades.

O meu setup preferido é composto por:

- Um smartphone com plano de dados (3 ou 4G) e uma boa câmera, um bom processador e uma tela descente. Ele vai te servir, ainda que como backup, como GPS auxiliar, Câmera auxiliar e para acesso à internet, e incrivelmente faz ligações também. Meu preferido era o meu Nokia N8, já falecido. Mas hoje os ai!fones, Galaxys e Cia dão conta do recado tranquilamente.

Esmartefones otimizam o espaço.

- Um GPS de precisão. Existe diferença entre GPSs e navegadores. Navegadores são aqueles baratinhos, de tela grande, touchscreen, que são excelentes para a cidade. Esses você substitui com o celular. O GPS tem como função gravar a tua rota, a trilha toda que você fez, servir de bussola, te guiar de volta quando necessário. Eu uso um velhinho, Garmin Vista HCX. Outra vantagem desses GPSs é que eles são extremamente parrudos, aguentam muita porrada e normalmente são à prova d’agua. Os modelos mais tops tem tela maior e touchscreen o que faz eles muito mais fácil de mexer, mas pra mim o custo não compensa.

Pequeno e parrudo, esses não te deixam na mão.

- Câmeras. Eu carrego duas além do celular, pois não gosto de perder oportunidades para boas fotos. Uso uma compacta Sony de 12MP, que já tem muito mais qualidade do que o celular, e uma outra Sony maior e com mais zoom, mas nada profissional. Eu gosto muito de fotografia, mas para carregar uma profissa + lentes + apetrechos, e tomar um cuidado extremo com tudo, pra mim a dor de cabeça ia ser muita. Fico com as minhas basiquinhas mesmo. Vou comprar uma GoPro também, mas será meu presente de natal e vai demorar um pouco, hehe.

Zoom nunca é demais. Essa aí tem 15x ótico mais 15x digital (perde qualidade) além da tela que destaca e movimenta.
E só. Para viagens maiores quero adquirir um tablet para maior conforto ao acessar a net. Minimalista, não?

Nos 90dias de mochilão pela Europa eu usei apenas o celular e as máquinas. Ficar on line só pelo celular é possível e até que bom depois que pega o jeito. Mas a telinha pequena cansa as vezes.

Não se esqueça de levar carregadores 12v e instalar tomadas 12v na moto ou caso esteja de mochilão, levar uma bateria externa. Evita de passar perregues bestas como eu que fiquei em Bolonha(IT) à noite sem reserva de hostel nem pousada, sem grana e sem bateria no celular pra conseguir procurar um lugar pra ficar.



Interessante para quem quer se aventurar “onde ninguém jamais foi, além da fronteira final” é um SPOT, um aparelhinho rastreador via GPS que pode mandar um SMS de pedido de ajuda.

Não recomendo, de forma alguma, levar notebooks para a viagem, ainda mais se for offroad. Notebooks são equipamentos sensíveis e a chance de dar problema é grande. Netbooks que não tenham HD de disco já são mais resistentes, apesar de volumosos e da tela frágil.


Evite levar coisas tipo Ipod se for levar seu Iphone ou Smartphone. Nem tanto pelo peso e volume, mas pela preocupação. Quanto menos tranqueiras, menos preocupação e mais se curte o pesseio. Minimalista sempre!

FOTOS FANTÁSTICAS 009

E pra puxar agora? hehehe

sexta-feira, 7 de junho de 2013

FOTOS FANTÁSTICAS 008

Dahora o suporte da gopro. Esse está, literalmente, na pqp. Quirguistáo. by Noah Horak

ABRINDO CAMINHOS

Muitas vezes nós não temos conhecimento nem das belezas que estão perto de casa. Afinal nem sempre dá pra sair numa expedição, e claro que quem curte viajar não vai querer ficar parado naquele fim de semana de tempo perfeito (e muito provavelmente nem nos que estiverem com tempo horrível).

Mas como saber os destinos próximos de casa?

Na estrada que pegava quase todo dia, caminhos alternativos me aguardavam!


Bom, nem todo mundo é filiado a clubes de 4x4 ou tem uma turma pra fazer trilha de moto. Então o local mais fácil de achar os caminhos é pela internet.

Pra gente “normal” usa-se o Google maps. Mas eu (e eu sei que vocês também) não sou normal hehe.
Então o “meu” Google maps é o wikiloc (link abaixo). Vai lá brincar um pouco, entre no site, coloque em modo “Mapa Mundi” e vá dando zoom perto da tua casa. Muito provavelmente aparecerão várias trilhas e caminhos de terra. Dá pra mapear outras áreas também.

Se pegar gosto e tiver GPS não esqueça de colaborar se conhecer uma trilha não catalogada!

Mas o wikiloc não tem todas as trilhas.

Então eu costumo buscar também pelo nome da cidade no Google, no Youtube (muitas vezes tem vídeos e usuário tem o tracklog), e sempre buscando em fóruns e sites, como o 4x4Brasil, Inema, Mochileiros.com e etc.

Revistas como a 4x4&Cia sempre postam alguns roteiros para serem feitos inclusive sem GPS!

Também uso a combinação Google Maps + oncoto-oncovo (by xt600.com.br haha), ou seja, vejo traços de uma estrada no Gmaps, vou até o início e vou perguntando. Até hoje sempre rendeu bons passeios. Se encontrar alguém de jipe ou moto de trilha, melhor ainda pra perguntar. Foi assim que fiz um caminho que nem no GMaps tem (Santa Branca-SP a Paraibuna por terra),  e Caraguatatuba a Taubaté via Pouso alto com alguns kms de terra.

E claro, se tiver dicas e sugestões, não deixe de passar pra gente!

Estradinhas boas e paisagem linda perto do por do sol... a 20km de casa!


Lista de links:

www.tracksource.org.br/     (aqui são os mapas pra GPS mas tem muita trilha gravada, só tem que cruzar com o gmaps pra ver por onde passam)

quarta-feira, 5 de junho de 2013

FOTOS FANTÁSTICAS 007

Um 4X4, tempo feio lá na frente, diversão a vista!

Dicas de Viagem - Quanto você sabe se virar?

Você sabe mexer na sua moto?

Pra quem gosta de aventura, seja de mochila, moto ou carro, esse é o item mais importante de qualquer planejamento de viagem.

Da pra arrumar a corrente da moto estourada no meio da transamazônica? E o carburador falhando horrivelmente por causa de sujeira dos postos de estrada?

Tem como consertar o alternador no meio do deserto?

Pode parecer exagero, mas pode ter certeza: é justamente aquilo que você não espera que vai te deixar na mão.

Ih, faiô
E se você deixa apenas para “especialistas” mexerem nas suas coisas, qual a confiança que você terá? Saber mexer no próprio veículo, fazer manutenção nas próprias coisas, pode salvar sua pele no meio do nada. Não é o mecânico que vai ficar de noite no meio da floresta a 30km da vila mais próxima.

Conheça cada parafuso do seu veículo

Comece pelo básico. Faça uma troca de pastilhas de freio, uma troca de óleo da suspensão, lubrifique a balança, desmonte a carenagem para limpar. Adquira ferramentas conforme o uso, e sempre de qualidade – ferramenta não é gasto, é investimento, e de longo prazo. Estude o manual de serviços e o catálogo de peças da sua moto. No Google encontra-se de quase todas as motos. Também procure por relatos de gente que já fez o serviço, o que se encontra facilmente pela internet. Aos poucos você pega o jeito.

Do básico, vá passando ao mais complexo (nem sempre o mais difícil, mas talvez aquilo que possa prejudicar a moto caso feito errado), como regular as válvulas, limpar e regular o carburador, trocar alguma junta que esteja vazando. Aprenda a usar um multímetro e como funciona a elétrica da sua moto.

O melhor curso de mecânica que tem é comprar alguma moto de trilha bem bicheira. Pague aí na faixa de R$700 na moto, por pior que esteja não vai gastar mais que 500R$ pra deixar boa de andar.

Curso completo de mecânica nível avançado
Faça um roteiro de revisão
Quem usa a moto é você, e você faz a manutenção. Então deixe sempre perfeita!

Costumo dividir por “sistemas”:

Suspensão
-Dianteira: muito macia? quicando? travando? Talvez seja hora de troca o óleo da suspensão. Aproveite para verificar os retentores da suspensão. Nunca deixe a moto sem os guarda-pó acima dos retentores. Desmontou a frente pra trocar o óleo da suspensão? Aproveite para verificar a caixa de direção: vire a mesa na mão. Se sentir um calo em qualquer movimento, é hora de trocar os rolamentos. Prefira sempre rolamentos cônicos. Mexendo a mesa no sentido do eixo, de baixo pra cima, se houver qualquer tipo de folga, é hora de regular a caixa, pela porca especial no topo do eixo.
-Traseira: Muito macia? rangendo? Abaixando muito? A primeira coisa a fazer é lubrificar os eixos da balança e, se houver, do link. Verifique a regulagem do amortecedor, se não está muito baixa (procure por regulagem de SAG na internet), e se, depois de acertar a regulagem e lubrificar a balança, a moto continuar a baixar muito e macia demais, talvez seja hora de mandar preparar o amortecedor.

Freios
- Além de verificar as pastilhas, básico do básico, solte também o suporte da pinça para lubrificar os eixos e verificar as vedações de borracha, e sem as pastilhas, acione o freio e verifique se os dois pistões saem juntos. Outros sinais de que deve-se revisar os freios podem ser: disco azulado, moto freando muito apenas ao soltar o acelerador, moto difícil de empurrar. Se for o caso, é hora de fazer um trabalho um pouco mais avançado: Acione o freio até os pistões saírem bastante (mais 15mm, mais ou menos) e limpe-os, com querosene. Empurre eles de volta. Repita o teste. Se ainda assim apenas um pistão acionar, é hora de desmontar a pinça e verificar os retentores, limpar todo o sistema e trocar o fluido de freio. Você perceberá que a moto ficará muito mais leve pra empurrar depois do trato nos freios, que além de melhorar a frenagem, também diminuirá o consumo. Existem inúmeros “how-to” da sangria do freio no youtube.

Rodas
- Com as rodas ainda montadas, force as mesmas lateralmente, de preferência com a roda fora do chão, segure dos dois lados da roda e tente girar ela lateralmente. Se a roda estiver mexendo lateralmente é hora de trocar os rolamentos. Pra trocar os rolamentos é necessário uma prensa, por isso melhor levar a uma oficina. Não troque com martelo. Rolamentos não suportam forças laterais e isso vai reduzir MUITO a vida útil do mesmo. Próximo passo é verificar os raios: com a roda fora do chão, gire a roda, e com uma chave de fenda ou qualquer outra, toque levemente os raios. O som que eles emitem deve ser o mesmo ou bem próximo. Se ouvir algo muito fora do padrão esse raio está solto.Para apertar os raios existem chaves especiais encontradas em qualquer motopeças, custam barato. Verifique agora por amassados nos aros, e ferrugem caso sejam de aço. Pra desamassar uso uma marreta e um toco de madeira. Nos pneus procure por rachaduras e bolhas. Com a roda fora do chão e a direção parada, gire a roda, e fique de frente para o pneu. Se o pneu estiver mexendo lateralmente, pode ser hora de alinhar a roda, ou o pneu está com defeito e deve ser trocado.

Relação
- tire a capa do pinhão. Limpe toda a relação, eu costumo usar diesel ou querosene. Com a roda traseira fora do chão, gire ela devagar e verifique se todos os elos encaixam perfeitamente na coroa e no pinhão. Caso não encaixem, alguém elos podem estar travados (wd40 e alguns movimentos com a mão resolvem), ou algum elo pode ter dilatado (se for com emenda, começa a procurar por aí). Verifique os dentes da coroa e pinhão. Se estiverem finos ou “penteados” está na hora de trocar.

Quadro
- Até agora verificamos todo o chão da moto. Com a moto pelada, sem as carenagens, faça um reaperto de todos os parafusos do motor (superiores e inferiores), verifique os apertos de todos os parafusos que conseguir. Acredite: Faz muita diferença na moto! Limpe o quadro e procure por trincas (normalmente próximo a soldas).
Elétrica
- Verifique se toda a iluminação está funcionando. Evite mexer em conectores, principalmente se sua moto for mais antiga. Qualquer movimento em falso pode gerar um mal contato. Somente verifique se está bem preso. Com um multímetro verifique a tensão na bateria, que normalmente fica em 12.4v com a moto desligada, de a partida na moto ainda com o multimetro na bateria (não deve abaixar de 11v. Se chegar a 10v a troca está próxima e com 9v a moto já não dá mais partida). Com a moto ligada, acelere até 3500rpm aproximadamente, e a tensão no multímetro deve ficar em torno de 14.4v. Esses são dados genéricos que valem para 99% das motos. Caso a tensão com a moto ligada fique muito (mais de 0.5v acima ou abaixo) fora disso, indica um problema no regulador de voltagem ou no estator.

Carburador
- Se a moto está com comportamento normal, e consumo dentro dos padrões, evite mexer. Verifique apenas o filtro de combustível e troque, se necessário.

Motor
- Mesma coisa do carburador. Se o barulho está normal, e o comportamento também, no máximo verifique a regulagem de válvulas. Se o motor está melado de óleo, não mexa. É normal devido a dilatação que haja um pouco de suor de óleo por fora do motor. Só mexa se estiver realmente vazando, formando gotas.

De resto, verifique o manual de serviços da sua moto para ver que tipo de serviços específicos ela exige. O catálogo de peças pode indicar muito bem como desmontar algumas partes.

Eu costumo fazer esse serviço a cada 10.000km, ou antes caso eu tenha andado muito na terra ou pego muita chuva.

Se você conseguir fazer tudo isso, terá treinado bastante para uma emergência caso ocorra (o que é mais difícil já que quem mexeu na moto é o maior interessado em ver ela rodando sem dar problema).

Também terá formado uma bela caixa de ferramentas com quase tudo que seja necessário para fazer qualquer coisa na sua moto. Depois postarei o que tenho na minha caixa de ferramentas.

Faça um ”kit MacGyver”
Gambiarras nunca devem ser feitas na revisão, mas salvam sua pele no meio do nada. Por isso sempre monte o seu kitzinho macgyver.
No meu estão:
Par de câmaras de pneu
Bomba de mão para encher pneus (difícil mas enche, pelo menos é pequena e leve)
Espátula pra tirar pneu (mas cortada, pra ficar menor e mais leve)
Fita isolante
Silvertape
Arame
WD40
CORDA
Kit de ferramentas básico pra mexer na moto (monte conforme a sua necessidade na revisão)
Capa de chuva descartável
E mais umas coisas que não lembro agora.

E você? O que tem no seu kit MacGyver?

Faz qualquer coisa funcionar, se você combinar com um chiclete mascado.
E nunca esqueça:
Tente sempre avisar pra onde você está seguindo ou o caminho que vai fazer.

Seja ligando pra alguém, por um post no blog, ou num fórum. Caso aconteça algo a informação vai facilitar muito alguma ajuda.

E claro, sempre antes de mexer na sua moto, estude e busque relatos de quem já mexeu.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Destinos incríveis 001 - Chapada Diamantina - BA

A "capital" da Chapada Diamantina é a cidade de Lençóis-BA, a 300km de Salvador. Como todo bom viajante, recomendo ficar no Hostel Chapada (é filiado ao HI Hostels). A oferta de Campings é boa, mas adoro o clima de albergue. 

Lençóis, até por causa disso, é onde ficam concentrados a maioria dos farofeiros. Dali se chega facilmente a várias atrações, como o Ribeirão do Meio (40min de caminhada leve), o Serrano e outros, como se vê no mapinha abaixo:
Isso tudo se faz a pé
E tudo relativamente próximo ao centro. Aumentando o raio da distância de Lençóis, chegamos ao Morro do Pai Inácio, Poço do diabo, e indo mais ao norte, chega-se a Caverna da Torrinha, e o resto se vê nesse outro mapa:

Cada ponto é uma atração "top rated", mas cada metro da área da chapada é uma atração por si só!
Deixando Lençóis, temos Mucugê e suas atrações próximas, tem a cidade fantasma de pedra de Xique-xique (perto de Igatu) que também é chamada de Macchu Picchu brasileira (na minha opnião um certo exagero rolou ai), e por aí vai. Tem o caminho do vale do paty que é considerada uma das trilhas mais bonitas do mundo.

Ruínas de Xique Xique de Igatu


Se for pra lá não deixe de comprar o Livro do Roy Funch, gringo radicado brasileiro apaixonado pela chapada e responsável pela criação do parque. Ele merece essa contribuição e o livro também é MUITO bom!!!

Poço Azul tem época do ano certa pra visitação


Tome cuidado com os guias, você pode optar por andar sem eles, mas aí recomendo usar um GPS muito do bom, com tracklogs atualizados! Existem "guias" também que não fazem idéia do que estão fazendo, então se for contratar, contrate os que tem registro. Passeios de jipe economizam um bom tempo. Mas como eu vou com dinheiro contado, fico de rodas e botas (ba-dum-tsss). 

Pra comer eu gostei muito de um restaurante, que agora no momento o nome não me lembro, mas fica na praça central ao lado de uma "Pharmácia" (com ph mesmo!) onde comi uns bifes de carne seca deliciosos e super baratos (R$35 pra duas pessoas).

Se for pra chapada, não reserve pouco tempo. Até hoje, são mais de 1000 (MIL) trilhas catalogadas, e segundo o gringo aí, tem muitas ainda perdidas no mato. Eu fiquei lá por 4 dias, e na despedida rolaram lágrimas: O lugar é fantástico! E se tiver pernas e disposição, faça MUITAS TRILHAS!!!

Pra ver mais fotos, vá ao relato da viagem de Taubaté a Recife no comecinho do blog!

Sites de consulta:

Os destinos de viagem no Brasil

Todos nós moramos em UM planeta, dentro de um sistema com outros 7 (tadinho de Plutão), numa galáxia com centenas de bilhões de sistemas iguais ou até maiores que o nosso, que tem bilhões e bilhões de galáxias irmãs.

E mesmo assim... Nosso mundo é grande. Muito grande. A quantidade de destinos que temos para ver é infindável - uma vida não é o suficiente.

E, talvez por isso, nosso planeta não nos deixe parado, e sempre queira nos manter em movimento, vendo tudo que temos a nossa disposição. Talvez se todos viajássemos, tomaríamos mais cuidado com a nossa única casa.

E nós, Brasileiros, ainda temos mais sorte. "Nosso" território é enorme, e tem inúmeras atrações, belezas inacreditáveis e com certeza tem lugares ainda a serem descobertos.

Nós, viajantes, seja de mochila, moto ou carro, estamos num enorme parque de diversões.

Quem gosta de natureza com certeza já ouviu falar da Chapada Diamantina na Bahia, do selvagem Deserto do Jalapão no Tocantins, da bela Chapada dos Veadeiros em Goiás, do Pantanal do Mato Grosso, da Serra da Canastra em Minas Gerais, de Foz do Iguaçu no Paraná, do Parque Nacional da Serra Geral em Santa Catarina, do Parque Nacional de Aparados da Serra na divisa RS SC, das serras do Rio do Rastro, do Corvo Branco, e por aí vai.

Mas deixa eu te falar uma coisa: Isso aí é muito pouco!

Como em tudo que a gente vê, isso não é nem a ponta do iceberg. Por isso vou tentar esmiuçar ao máximo todos esses destinos renegados e pouco conhecidos. Alguns podem estar do lado da sua casa!

Por isso também peço: Se tem algum atrativo interessante que você queira compartilhar aqui, fique a vontade. Vamos mapear os "buracos"!

Segue um primeiro capítulo!

sábado, 1 de junho de 2013

FOTOS FANTÁSTICAS 006

Aventura é sair dos padrões. Monociclista francesa a caminho de ushuaia,

quarta-feira, 29 de maio de 2013

FOTOS FANTÁSTICAS 005

Uma bela caminhada, huh?

Viagens Antigas - Caminho da Fé

Bom dia pessoal!

Apesar de ser cético, não dispensaria um passeio off, ainda mais em grupo!

Esse ainda tenho que fazer de novo pois acabamos abortando a última parte devido a chuva.

Nesse passeio fomos eu e a patroa, por isso a moto foi assim:

Bau, alforges e mala tanque, tudo cheio!
Uma observação: Esse "tanque de guerra" aguentou a viagem numa boa, em poucos momentos faltou um pouquinho de força,  mas levou a gente e não parou nenhuma vez, nem pneu furado!

Dessa vez, saímos sábado cedo de campinas, e nos encontramos com o pessoal dos Highlanders em Águas da Prata-SP (cidadezinha muito bonita). A parte "motocável" do caminho da fé começa lá.
Não tem segredo: é só seguir as setas amarelas pelos 220km até Aparecida-SP, pela divisa entre MG e SP.

A primeira parada foi no Pico do gavião ainda em Águas da Prata.
O grupo

A guerreira!
Olha a vista!
Do pico do gavião seguimos viagem, sentido Andradas-MG, sempre passando por belíssimas vistas. Esse é um passeio de contemplação.

Aqui também fiz a minha primeira travessia de riacho. Pena que não rolou tirar foto.

Andradina lá no fundo
A turma! Só os parceiros!
Mar de morros
Assim depois de alguns kms chegamos á Ouro Fino, cidade do famoso menino da porteira.
O menino é grandinho viu
Serenidade

Uma paradinha na minúscula Tocos do Mogi
Pouco após Tocos do Mogi nós chegamos a Rod. Fernão Dias. Como eu era o único com garupa, decidi seguir via asfalto até Paraisópolis, pois de andar sentado na terra a coluna estava pedindo arrego. O grupo já estava lá na frente.

Chegamos em Paraisópolis logo após o por-do-sol
Pousamos em Paraisópolis, com a intenção de seguir no próximo dia até Aparecida. Infelizmente, durante toda a noite choveu torrencialmente, eu já havia desistido por estar com garupa, e mais dois por terem lesionado em quedas. Acabamos todos indo por asfalto até São Bento do Sapucaí almoçar no excelente restaurante Pedra do Baú, e de lá nos dispersamos. Ficou a intenção de terminar o Caminho da fé, o que deve acontecer logo.

Despedida! Todos satisfeitos de comer terra!

Chegada em casa



terça-feira, 28 de maio de 2013

FOTOS FANTÁSTICAS 004

Pra quebrar aquele texto enorme, uma foto fantástica!

POR QUE TROCAR DE MOTO? UP

Andando por aí na net, e depois de ter chego na sétima moto, percebendo que no fundo todas fazem a mesma coisa, comecei a pensar no motivo que nos leva a trocar de moto.

O amigo Peterson do Tenereclub montou um texto que condensa quase todos os meus pensamentos sobre o famigerado “UP”. O texto está aqui:

1. Trace seus objetivos.
O UP precisa ter um motivo, e um objetivo. Não se deve upar apenas porque juntou o dinheiro, ou para aproveitar a promoção, ou "porque isso é natural", ou porque agora você é um sujeito de sucesso na vida e pode manter uma moto maior.

Tem gente que gosta de correr, tem gente que gosta de trilha, tem gente que gosta de asfalto lisinho, tem àqueles que gostam apenas de uma voltinha aos domingos. Há um milhão de preferências, descubra a sua. 

Para isso você não precisa "UPAR" - pega a magrela que você já tem e ande até ser tocado por aquilo que eu chamo de "vocação motociclística" - se ela continuar te servindo só UP quando as despesas por velhice estiverem te impedindo de curtir a moto - mas suba de ano, e não de moto.

Você precisa primeiro descobrir a sua paixão em duas rodas, e isso te servirá de norte na escolha do "UP" - qualquer outro fator que te leve a escolher te frustrará com o tempo. Também tem aqueles que querem ficar pulando de galho em galho. Aí vai da pessoa.

A minha paixão são as estradas.  

Comprei a moto para me facilitar a vida na hora de estacionar (então a pequena Fazer me atendeu), mas com o tempo isso foi além.

Certo dia senti um impulso tão forte que, do nada, peguei a Fazer e andei 800 km direto, sem equipamento, 
sem preparação, sem nada - fiquei com o corpo todo estourado, mas a alma lavada. Depois disso foi que comecei planejar meu "UP", de acordo com meus objetivos: viagens, longas viagens, por qualquer terreno, para qualquer lugar.

Adoro as Harley, acho que são tudo de bom. Quase comprei uma HD, mas pesquisando, andando, observando, vi que ela não serviria para mim, ou melhor, para a minha meta. Ela é limitada para aquilo que eu faço. Ela não anda no barro, na terra bruta, ela não atravessa rios. Entende o que eu quero dizer?

2. "UP" elevado ao cubo

Se você tem uma CG125, mas sonha com a GS800...JAMAIS compre a GS650.
JAMAIS compre a moto "x" porque o seguro dela é menor, ou por isso, aquiloutro. Vá por mim, gaste tudo de uma vez, compre a que você quer logo de cara, mesmo que demore um pouco mais.

Subir degraus é mais caro que pular direto.

Você almeja a GS800, mas tem uma CG. Monetaria e hipoteticamentemente falando: a CG custa R$7.000, a GS800 R$40.000, e a GS650 R$27.000.

A diferença entre a CG e o seu sonho é apenas 33 certo?

Daí você pensa: "não tenho 33, mas tenho 20, então eu vou comprar uma 650, depois de um tempo eu pego a 800". Cara, você é muito ruim de matemática.

Sua GS800 vai custar muito mais do que os 33 que você inicialmente imaginou.

O motivo é simples, na hora de dar o UP intermediário você terá que pagar a desvalorização da CG, e na hora do UP final pagará também a desvalorização da 650, além do preço da 800 (que ficará sempre o mesmo - dando a falsa impressão de que você está fazendo a coisa certa). Mire nas diferenças, e não no preço.

Pegarão sua CG por 5: preju de 2
Pegarão sua GS65 por 23: preju de 4
No final você pagará 46.000 reais pela GS800.

Agora o pulo do gato: a diferença - que era de 33 - subiu para incríveis 39 mil reais (quase o preço da própria moto).

Viu como você tomou um enorme prejuízo, e acabou demorando mais para alcançar o que queria.

3. Moto é também um quebra-cabeça cuja graça está em montar.

Todo motociclista que se preza sempre tem uma lista de motos, acessórios, de desejos, de peças que NUNCA, JAMAIS, estará completa. A gente sempre precisará de uma jaqueta melhor, bota melhor, baú maior, uma BMW, KTM, etc. Muitas vezes é mais prazeroso escolher essas coisas do que efetivamente usá-las.

Então, se você pensa que a compra de uma moto maior vai apagar seu fogo, esqueça. Sempre há uma maior, sempre há uma lacuna, sempre há uma peça faltando. Por quê? Já respondi e repito: moto é um quebra-cabeça, quando a gente terminar de montar perde muito de sua graça.

Você pode até sossegar, mais isso vai durar apenas algum tempo.

Quantos caras você conhece que passam mais tempo montando AS motos do que montando NAS motos? 

Eles não estão errados, é delicioso equipar as magrelas, faz parte do jogo, da brincadeira.

Não se iluda, não há vacina contra isso.

4. Se você consegue ser feliz com a 250, uma 660 não o fará MAIS feliz.

A felicidade não se mede em cilindradas.

Quem vendeu as cuecas para comprar uma moto gigantesca pode até ter vergonha de admitir, mas eu sei que, pelo menos uma vez, se pegou pensando que a pequena lhe deixava tão feliz quanto à grande.

Não é verdade que só os ricos são felizes.

Aquela coisa de pensar: "ah se eu tivesse dinheiro seria uma cara melhor" é uma forma de justificar nossa 
chatice.

Cara, se você tem uma moto, e sabe usá-la, se você está aqui lendo isso, é porque já descobriu a delícia das duas rodas, você não precisa adiar sua felicidade, seja feliz agora. Pegue sua pequena e parta, engula estradas, a hora é agora, amanhã ninguém sabe.

O único equipamento que você precisa é sua vontade.

5. A moto do meu vizinho?

Sua relação com a moto é algo individual, entre você e ela e MAIS NIGUÉM (as patroas que me perdoem, mas a gente precisa de momentos a sós com nossas possantes).

Conheço gente que compra um carro não porque ele lhe é útil, mas sim porque ele é melhor do que o do vizinho; porque ele é mais bonito; troca a cada dois mil km; se enche de prestações pagando até 3 vezes mais que o preço justo. Acho que você também conhece gente assim.

Na sociedade atual o carro é mais um símbolo de status, do que um meio de locomoção.

Não caia nessa armadilha quanto à moto. Moto não é um "bem de consumo" é um bem pra "lavar a égua", é algo quase espiritual, te fará transcender a fronteira entre realidade e sonho. Isso independe das dilmas que você tenha pago nela.

Se você comprar uma F800 porque seu vizinho tem uma e vive te dizendo que ela é melhor do que a sua 
T250, você deveria passar o boleto para ele pagar.

6. Com minha moto grande, também serei grande?

Quando estou queimando as estradas com a fazer250 é muito comum eu ser ultrapassado por R1, BMW, 
Té66, Xt, etc. etc. Os caras fazem questão de esgoelar e jogar as motos em cima da minha, enrolando cabo. Acho que as pessoas fazem isso para esfregar na minha cara que elas são gente de sucesso.
Não entendo como alguém pode ter prazer em algo assim. Se você é um desses que gosta de "tirar onda" (então precisa "UPar" para ser mais respeitado), cuidado. Pode ser que na próxima curva você esteja no chão, precisando da ajuda daquele carinha da 125 que você acabou de atropelar com sua poderosa Multistrada.

Muito embora sua R1 seja para poucos, O CHÃO É PARA TODOS - seu macacão da alpinestar, só porque custou o preço de uma ybr, não vai te salvar de uma carreta carregada descendo a serra, ou mesmo de um tombinho parado... pense nisso.

Sabe uma das coisas que eu mais gosto de fazer quando estou em cima da Té66? é acompanhar o passo do pessoal das CGs, das scooters que encontro nas estradas. É cumprimentá-los, desacelerar e andar junto com eles. Nossa, eles ficam muito loucos de ter uma monstra no meio deles. E eu me sinto muito feliz por dar aquele momento às pessoas. Infelizmente amigos, é o mais perto que a maioria chegará de uma té, de uma viagem internacional, e sentir-se unidos pelo ideal motociclístico é algo que deve ser compartilhado. Na estrada somos todos iguais, é gratificante você alimentar amizades e sonhos - façam isso, depois me contem se não foi mais legal do que deixá-los comendo poeira com sua atômica 4 cilindros.

Então, compre uma moto maior, mas deixe que apenas ELA SEJA MAIOR, continue você do mesmo tamanho.

7. A grande NÃO é necessariamente melhor que a pequena.

A relação entre elas não é de melhor-pior. Cada uma tem seu valor no seu habitat específico. Em certos momentos uma menor se sairá bem melhor que a grande.

A gente é induzido a pensar que tudo que é mais caro, mais alto, mais forte, mais rápido é melhor. Mas isso não é uma verdade absoluta. Desafie seu amigo da R1, ou da Harley Electra Ultra Mega, a lhe acompanhar com sua Té250 num off radical.

8. A grande não é mais segura.

É obvio que mais cilindradas facilitarão sua vida na hora de ultrapassar, mas isso não é determinante numa viagem de moto. Quando estou de moto nas rodovias não estou ali para CHEGAR, chegar é só um detalhe. 

Estou rodando pelo prazer de rodar, curtindo o momento.

Pressa e motocicleta são coisas inconciliáveis.

A gente ouve dizer por aí que "a moto de maior cilindrada é mais segura" "você pode andar a 120, 130 e fazer ultrapassagens seguras e com confiança".

Já ouvi dizer também que uma moto pequena é perigosa na rodovia porque "os caminhões as jogam longe"..etc...etc.

Cara, me perdoe, mas essas ideias são ridículas. Essa desculpa você pode dar para aquele seu colega de trabalho nerd que nunca andou numa moto, para mim não. Você trocou de moto não pela segurança, mas pelo tesão (isso sim é justificável).

Toda e qualquer ultrapassagem é perigosa (e aqui um detalhe, na 250 a gente tende a ser bem mais cuidadoso nessas horas, a gente não se expõe tanto).

Se você andar a 120, 130 numa moto, me perdoe a expressão, mas você é um idiota completo. Se você precisa atingir essa velocidade para ultrapassar isso significa que aquela ultrapassagem está errada.Vai se matar, ou pior, matar uma família (e isso é questão de tempo, pois na moto basta uma pedrinha, um vento e já era). Mesmo que você seja O CARA, o THE DOCTOR, a moto pode pifar, um buraco aparecer, uma pomba esbrolar sua cabeça.

Correndo você não estará aproveitando o que a moto tem de melhor que é a paisagem, a liberdade, o sossego.

Quanto aos caminhões há técnicas de pilotagem defensiva para isso. Nada de andar colado, nada de 
ultrapassar pertinho. Acesse o youtube, lá tem cursos e mais cursos que farão você e sua 125 devorarem estradas até o Curdistão sem serem incomodados pelos caminhões.

Concordo que cada um tem um prazer diferente - uns de bigtrails, outros de esportivas, outros de custom. 

Mas um idiota será sempre um idiota, e andar nas rodovias e nas cidades acima do limite de velocidade permitido não é um prazer, é uma babaquice, egoísmo, falta de respeito, de noção do outro.

Nada contra quem gosta de velocidade, mas se a sua tara é correr, alugue um autódromo. Tu não é o cara? o HOMEM de sucesso da CB1000?, então, tire o escorpião do bolso, e faça uma pista particular.

Uma moto maior não é mais segura que uma menor. Nem pelo tamanho, nem pela cilindrada, nem pela "tecnologia embarcada".

Há motos de 300 cilindradas com ABS, então, não me venha com esse papo furado. E, se você é um cara que depende de "tecnologia embarcada" para se sentir seguro em duas rodas...sinto muito...ande de avião. 

A segurança não está na moto, mas na forma de a guiar.

Compre sua Té66 porque ela te DÁ MAIS TESÃO, e não porque ela é "melhor".

9. Versatilidade

É apenas um argumento marketeiro quando falamos de moto. Não há nenhuma que faça tudo muito bem, ou tudo muito mal. Esqueça isso ou você vai se sentir enganado assim que embolsarem seu dinheiro.

Olhe à sua volta, você já se perguntou qual o motivo de haver tantas motos diferentes? Porque para cada uso há um produto correto.

"Ah, mas na Duas Rodas desse mês está escrito que a Versys é mais versátil que a V-strom". Filho, não seja um "pia de prédio". Não demonstre que foi "criado pela avó", ou que sua bebida preferida é "leitinho com pera". Há muita diferença entre as verdades da revista, e a de você em cima de uma moto. Ver a Playboy é uma coisa, mas transar com a coelhinha é bem diferente.

10.Tamanho é documento.

Pode chiar, pode reclamar, dizer que é "O CARA", o "HABILIDOSO", e na sua mão a teneré660, v-strom, e cia, comportam-se muito bem no trânsito pesado. Isso não é verdade.

Achei muitos que diziam assim: "com o tempo você se acostuma e o tamanho não atrapalha em nada". Só que uma moto grande nunca diminui de tamanho, ela não encolhe.

Há lugares em que ela não vai passar (isso é fato, é a lei da física). Há vagas nas quais ela não vai caber (isso independentemente da habilidade do piloto). Se você tem amor à suas dilmas, vá por mim, se UPAR, por UPAR, chegará o momento em que você pensará: "poxa...paguei um dinheirão nessa moto e ela não consegue me levar ao trabalho com a mesma facilidade da outra", ou: "ahh se eu estivesse com a 250 passaria ali nesse corredor...colocaria ali nessa vaga".

Nesses momentos dizemos para nós mesmos: é o "preço de ter a moto grande". Mas a gente não tem moto para "pagar preço" e sim para se divertir, para trabalhar, para ir ao mercado. Cada macaco no seu galho (por isso a importância do item 1).

Então amigos, sua futura Té66, v-strom, transalp, etc. jamais terá a mesma ginga, a mesma malevolência, a mesma esperteza da sua Té250, ela jamais será sua CG cargo.

Você sentirá saudade da pequenina.

11. Moto grande não é para dar voltinhas.

Pode falar o que quiser, mas se você pegar sua Té660 para dar um rolezinho no domingo, ir tomar um sorvete na esquina, ou enfrentar o trânsito de SP, sua perna vai queimar de tão quente que a moto fica. Isso não é defeito, isso é uma característica de motos de média-alta cilindrada (o pessoal das Harley que o diga).

Motos maiores mostram seu valor acima dos 70km/h. Abaixo disso, você e sua patroa vão sentir um tremendo desconforto - não me venha com o blablabla de dizer que já se acostumou. Se você se sente confortável com isso, pule numa frigideira.

12. Moto Grande não é para fazer trilhas.

Não vou me alongar muito, só volto ao primeiro tópico: moto grande não substitui uma pequena. Eu mesmo enfrento grandes desafios em OFF com minha Té, mas ela não é tão ágil como uma Lander. O fato de eu ter pago duas vezes mais por ela não a torna apta a fazer coisas para as quais há outras indicações.

13. Moto grande dá mais despesa.

Isso pode parecer muito óbvio, mas eu já vi, e tenho certeza que você também já viu alguém andando de Hilux e reclamando do preço do seguro. Alguém andando de Audi reclamando do preço do IPVA, ou do preço da gasolina.

Bom, isso é muito chato. Isso é ridículo.

Há um mito grande em torno das bigmotos que é a manutenção. Mas a manutenção básica das motos não varia muito não. Faço as duas 250, 660 ao mesmo tempo, e a diferença não é muito grande.

Agora, as peças, essas sim, têm preços diferentes.

O custo para se manter uma moto geralmente acompanha o custo de comprá-la. Ficar espantado com o preço da pastilha de freio da GS1200 é algo para quem anda de Biz100.

Não se pode comparar "peças" da Fulana com a da Cicrana (cada um no seu quadrado). Se você acha injusto que a pedaleira da GS800 custe 40 vezes mais que a pedaleira da Té25, ande na GS e você não vai mais reclamar. Coisas diferentes, preços diferentes.

Então antes de "upar", saiba que sua vida vai mudar radicalmente.

Aquele retrovisor de 15 reais não te pertence mais. 35km/lts não mais fará parte de sua realidade.

Não quero te ouvir reclamando do preço dos baús laterais.

Compre a moto, mas saiba que os acessórios acompanham o preço.

Nunca vi moto nenhuma vir completa de fábrica.

Para "upar" em grande estilo guarde dinheiro não só para comprar a moto, mas para deixá-la sempre perfeita, do jeitinho que você sonhou.

Você vai se frustrar se não juntar dinheiro suficiente também para as peças e acessórios - porque uma das graças do quebra-cabeça é ir montando.

CONCLUSÃO:

Depois de tudo o que eu te disse você deve estar pensando: “Poxa...esse cara está me recomendando a ficar para sempre com minha 250.”

Definitivamente NÃO.

Você não só pode, como deve subir de máquina, mas pelos motivos, e no momento correto.

Deve "Upar" por TESÃO, isso mesmo....tesão, e não porque isso vai "resolver todos os seus problemas". 

Subir de categoria não é O OBJETIVO, é o MEIO de você realizar sua vocação motociclística.

Andar de Teneré660 para mim é uma delícia. É a realização de um sonho de infância. Nas rodovias, e nas estradas de terra ela é inigualável. Aquela força bruta, aquele ronco, aquele vento, aquele azul.....para mim isso não tem um "custo", um "preço", tem um "valor" que não se aufere em dinheiro.

Graças a anos de dedicação ao estudo e ao trabalho eu consegui manter as duas.

Porém, se eu tivesse que me desfazer da Fazer250 em troca da Té660 acho que não conseguiria estar plenamente satisfeito. Sinceramente, teria jogado meu dinheiro fora, porque no caos do trânsito da cidade, do mercado, do trabalho, a pequenina é insubstituível - assim como a Megatron em outros.

Pense em tudo isso, se eu conseguir evitar decepções futuras ficarei satisfeito.”
Texto original aqui:

Tem algumas coisas aí que não concordo completamente. Mas a base é essa.

Veja qual sua “ascendência motociclística”, dentro dela qual moto conseguirá fazer tudo que você quer e foque nela. Quanto menos degraus, menos dinheiro perdido. Pra escolher a moto ideal, siga as dicas do amigo aí.

Se mesmo assim, o tesão apontar pra outro lado, lembre-se que só não existe jeito pra morte (por enquanto), e que dá pra modificar praticamente tudo. Seja bem vindo ao time dos loucos.

Trabalhamos em empregos que não suportamos, para comprar coisas que não necessitamos, para impressionar quem não gostamos” Tyler Durden

O sonho de uma vida

Acredito que uma viagem dessas seja o objetivo de qualquer viajante, seja de moto, carro ou a pé. simplesmente perfeito!

Passeios Antigos - São Francisco Xavier à Joanópolis

Outro passeio interessante que já fiz algumas vezes.

Essa estrada de terra leva de São Francisco Xavier (distrito de São José dos Campos, ao lado de Monteiro Lobato) até Joanópolis. É de nível fácil e tem uma bela vista durante todo o passeio.


Essa foi a primeira vez que fiz ela, de XT600, usando o sistema de localização “oncoto/oncovo”. Acabei indo parar em uma estrada que cortava alguns kms mas que era um pouquinho mais difícil.

Roteiro do passeio

Exibir mapa ampliado

Antes de chegar na parte de terra
Lembram o que falei das bagagens? Pra offroad, dessa forma não atrapalha em nada a condução da moto.
Que saudade dessa moto!
Aqui estava experimentando andar com a mochila nas costas. Não ficou 5km... haha.
A vista da estrada é show!!! Da pra ir fazer a estrada no começo da tarde sem problemas. Mas recomendo ir logo: há boatos de que estão asfaltando lá!







A estrada é toda indicada.
Reparem na foto a indicação de Barretos a 600km. Será que tem como ir até lá por terra? Melhor começar a pesquisar hehe.

Fiz esse passeio outras vezes inclusive garupado, mas fica pra uma próxima!