segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Ilha comprida - 09/09/16

Ilha comprida

Há tempos aguardava a oportunidade perfeita para conhecer o litoral sul de SP. A parte norte, com acesso mais fácil a quem mora no vale do paraíba, eu já havia “mapeado” muito bem: conheço cada cantinho.
A travessia da Ilha Comprida, os muitos quilômetros de areia estavam no topo da lista.
Saí de Taubaté na parte da tarde. Com os recentes acontecimentos, evito ao máximo andar em Sampa de moto, então desci ao litoral pela Mogi/Bertioga e rumei ao sul, passando por Guarujá, Santos, Peruíbe e etc. Chega-se à Régis Bittencourt e algusn quilômetros depois pega a saída sentido Iguape/Ilha Comprida.
Ilha comprida é uma cidade espalhada, e muito calma e pacata. Chegando em Iguape, é só atravessar a ponte.
Infelizmente parece a crise pegou lá de jeito, e além de quase todos os campings estarem fechados e com placa de “Vende-se”, mal há iluminação nas ruas a noite. Asfalto em meia dúzia de ruas fora a da orla.
Depois de perambular pelo centro em busca de um camping, sem sucesso, segui rumo ao norte, onde alguns quilômetros pra frente encontrei a Pousada e Camping Beira Mar (que, diga-se de passagem, também estava com placa de “vende-se”), onde iria montar a barraca por R$30, até o dono oferecer um quarto por R$40... e ali fiquei.
O percurso do dia era conhecer o norte da ilha pela manhã, chegar em Cananéia à tarde, para no próximo dia, durante o retorno, fazer a famosa trilha do despraiado na volta pra casa.
Saí em direção às dunas, e resolvi que queria tomar café. Virei, voltei e alguns kms depois de passar na pousada, o pneu traseiro fura.
Resolvi voltar pra pousada e tentar trocar a câmara sozinho, e, pasmem, com muito orgulho, posso dizer que pela primeira vez na vida consegui trocar uma câmara sem estragar ela. Mas como a fita de proteção que fica na cabeça dos raios se perdeu, sabia que era questão de tempo até furar a câmara nova. Isso me tirou um pouco o tesão.
Fui calibrar direito o pneu pra assentar o talão, aproveitei pra abastecer e tomar um café, e voltei conhecer o norte.
Me diverti nas dunas, um parque de diversões pra quem gosta de offroad. Só me faltava uns pneus melhores, já que com pneus lisos não havia tração pra subir nas dunas. Me diverti ali por um tempo. Fui conhecer a vila que fica no extremo norte da ilha, e voltei. Cheguei na pousada, arrumei as coisas pra ir embora e com tudo arrumado olho no relógio: ainda eram 11:00h.
Resolvi seguir pra Cananéia, sem pressa. Fui pela avenida principal até acabar o asfalto, segui mais um pouco. De repente a estrada sumiu, só tinha grama. Aí não teve jeito, atravessei a faixa de areia fofa e cheguei a orla, onde já avistava alguns carros andando.
Pouco tempo depois, passo um CrossFox parado. Antes de um riozinho, parei pra tirar fotos e ele resolveu atravessar o rio mais perto do mar. Mau negócio. Não sei o que aconteceu, mas o carro parou e não ligava mais. Consegui, às custas da minha enbreagem, puxar o carro pra areia seca. Como não conseguiria fazer nada, segui viagem.
Nenhum vídeo que vi da ilha faz juz a sua beleza. É muito bonito! Também colaborou que o dia estava perfeito, com um belo céu azul. Segui sem pressa e logo me vi esperando a balsa. Ao olha no relógio, ainda eram 12:30h!
Em Cananéia, almocei num restaurante lá e tentava pensar o que fazer. A moto já não me deixava confortável: a embreagem patinando, a câmara com grande possibilidade de furo e não ter uma câmara reserva, me deixava apreensivo. Enquanto almoçava, olhei no GPS e ele dizia: seis horas até casa.

Resolvi seguir. Saí de Cananéia as 14:00h, cheguei em casa as 20:30h, cansado, e com vontade de voltar.
Quarto



Steve em ilha comprida!