sexta-feira, 24 de maio de 2013

Bagagem na moto 002


Galera, o primeiro post foi sobre a distribuição IDEAL de carga na moto. É claro que um modelo idealizado raramente se aplica ao dia a dia.

Nem sempre a distribuição ideal é a melhor. Aqui eu tinha um banco de carro pra relaxar as costas.
No dia a dia não há nada mais prático que baú traseiro grande e em algumas viagens on-road baús laterais. 

É só trancar e ir embora!

Como eu, particularmente, evito ao máximo grandes cidades, meio que não tenho essa neura com roubo.  

Para o meu tipo de pilotagem e caminhos que gosto de pegar, não há melhor alternativa do que um mochilão de comprido na moto junto com a mala tanque, enquanto com garupa me rendo aos alforjes e baú (e mala tanque, claro).

Os princípios que mostro aqui são universais, conhecimento que é sempre bom ter para poder aplicar da melhor forma, já que só conhece uma necessidade o seu portador.

Na minha viagem ao nordeste utilizei o mochilão de pé no lugar da garupa, provendo um excelente encosto que me mantinha relaxado durante as intermináveis retas baianas. Já nas curvas e na terra sofri um bocado.

A grande sacada é levar pouca coisa, o mais leve possível, com o menor volume possível, roupas que sequem rapidamente e evitar qualquer excesso. Uma moto sobrecarregada pode transformar seu passeio numa tortura.

Há também três grupos de bagagem utilizados hoje: alforjes (bolsas), baús plásticos e baús de alumínio. 

Cada qual com suas vantagens e desvantagens.

Eu, particularmente, prefiro os alforjes.

É bonito, durável e pesado demais!
 Os baús de alumínio, na minha opnião, são muito pesados e pedem uma estrutura mais reforçada (por consequência mais pesada também). Claro que eles tem aquela “cara” adventure que a gente acha lindo, mas nem por isso quer dizer que seja bom. Pelo próprio peso já vi casos de, em acidentes em locais ermos, haver quebra dos suportes, e aí, José, tá na roça.

Vai arriscar fazer um risquinho nesses baús folheados a ouro?
Aqui o setup mais barato. Nos meus GOW paguei R$100 no PAR usados, e tirando a lente vermelha ficam iguais a malas.
Já os de plástico são bons meio-termo. São mais leves que os de alumínio, e mais flexíveis em caso de queda. Eu mesmo já usei baús normais (top cases) como laterais e nunca tive problemas mesmo em uma queda. Eles tendem a se deformar e voltar à forma original. Só tem dois problemas: O custo, caso sejam propriamente laterais, e a largura excessiva caso sejam top cases adaptados. Minha XT600E parecia um caminhão com os dois GOW 33l...
Alforjes são a escolha dos off-roaders

Já os alforjes, além de ser o tipo mais barato de bagagem, são também os mais leves, não tem resistência à abrasão no asfalto, porém em offroad não vão te deixar na mão já que o próprio tecido absorve parte dos impactos amortecendo a estrutura. Além de serem tão bonitos quanto os baús de alumínio sem aquela cara de coxinha dos baús plásticos.
Em nenhum dos 3 é recomendável carregar coisas que quebram. O alumínio amassa, o plástico, apesar de voltar, também amassa e o alforge, coitado... haha. A porrada vai toda para o que estiver dentro.

Que tipo de coisas se carrega em alforjes e baús laterais?
 - Roupas
- Barraca
- Ferramentas, etc.
Esse deve estar viajando com a esposa.

O que tem probabilidade de quebrar deve ser alocado na mala tanque e no baú traseiro, por prioridade de utilização.

E sempre que for arrumar as bagagens, lembre-se da máxima mogliana:
"O necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais"

Um comentário:

  1. Cara, por um acaso entrei no seu blog e li sua pistagem. Perfeita. Já tive bau de alumínio e é encrenca, apesar de muito bonitos. Quebrou um parafuso do suporte numa viagem para o Sul e quase fiquei na roça. A sorte foi ter levado parafusos sobresalentes. Já há uns cinco anos uso um par de alforegescda Tutto e são muito bons. Já viagei muito com eles e realmente são leves, práticos, grandes, e passam em qualquer vão. A propósito, sou de Taubaté também! Boas viagens!

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