"Com o nosso novo amigo Carlos no grupo, nos decidimos ficar por perto. Olhando no meu recem-adquirido mapa, resolvemos ir para a Cachoeira da Primavera, uma trilha relativamente facil e bem demarcada.
Saimos do hostel e comecamos a trilha. A primeira parte e um "campo" de pedras, bem polido pela agua e com muitos buracos. Muito bonito de ser ver. Alguns locais aproceitavam as piscinas formadas.
Mais para frente, encontram-se os saloes areia, a direita na trilha, uma galeria de pedras coloridas que se desmancham na mao, e eram usadas para confeccionar aquelas garrafas com imagens dentro. Demos um tempo la, admirando a natureza local e pensando quantas surpresas mais encontrariamos na natureza.
Dos saloes de areia retornamos a trilha principal, e seguimos rumo a cachoeira da Primavera. Ao chegar no rio, teriamos que cruzar e seguir a trilha do outro lado, mas confuso pelo mapa fora de escala, acabamos seguindo o leito do rio, todo em pedras. Depois de uma hora de caminhada, percebemos que estavamos na direcao errada.
Voltamos pelas pedras procurando indicios de trilhas, e nada. Voltamos tudo que tinhamos andado na direcao errada, e Nada de trilhas, exceto a que nos levaria de volta a cidade. Hm... procurei, procurei... "- tem um monte de pedras ali que nao parece natural", pensei. Fui ate la. Percebi que ali era a juncao de dois rios. "Hm, subindo pelo leito desse reio devemos chegar a cachoeira". E la fomos nos.
Comeca com uma gigante cachoeira, uns 50m de altura, varias camadas de queda d'agua, mas que devido a seca da epoca estava fraquinha. Subimos pela cachoeira, ate chegar em um paredao com mosquetoes de escalada. "Fudeu!", pensei. Mas tinha uma trilha quase fechada que nos levou a cachoeira.
Alguns metros antes da cachoeira sinto algo no braco. Uma vespa. Fui picado, doeu pra caralho, matei ela e quando olhei pra frente (estava de oculos escuros esportivos, desses que ficam bem colados no rosto) tinha uma vespa na LENTE. Sai correndo e entrei na agua, o Carlos veio correndo tomou uma picada no nariz e se escondeu na agua tambem, e o Michel, por ser o mais inteligente dos tres, ficou parado ate elas irem embora sem picada nenhuma.
Ficamos na cachoeira e conversamos com uma familia que ja estava por la, sendo o avo e o pai motoqueirociclistas tambem. Muito legal. Alguns minutos depois chegou uma excursao de estudantes, e resolvemos subir mais a trilha. Fomos ate a trilha principal, e subimos o morro para chegar ao Poco Paraiso (alguns poucos metros acima). La conheci um casal de mochileiros paulistas, que planejavam fazer o Caminho do Vale do Pati so com GPS. Conversamos um pouco e eles seguiram caminho. Nos ficamos curtindo a agua por la. em seguida o destino foi o mirante, trilha facil e tambem perto do Poco Paraiso. Do mirante so da pra voltar pelo mesmo caminho de ida, e assim fizemos. Voltamos pela trilha correta e nao pelo leito do rio, assim pudemos parar na Cachoeirinha, tentamos achar o Poco Halley mas sem sucesso. Ja estava ficando tarde entao voltamos para a cidade, pelo leito do rio no final, onde os locais lavam roupa nas pedras, e aproveitam as piscinas naturais numa tarde de domingo ensolarada.
Na chegada, mesmo eu nao sendo fa de alcool, fomos tomar uma cerveja bem gelada, mereciamos no final das contas, uma descansada no hostel, um bom jantar (picanha bem passada no restaurante argentino, show, mas nao lembro o nome) e cama.
Amanha era o dia da despedida - Eu vou para Salvador, Michel para Vitoria da Conquista e Carlos ficaria pela chapada mais alguns dias.
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