terça-feira, 13 de outubro de 2015

Canastra garupado - com bons amigos por maus caminhos! 1° Parte


Quando o alinhamento dos planetas ajuda, tudo dá certo e fica difícil não ir viajar!

O pessoal do Tenere Club estava com rolê marcado pra canastra fazia tempo já. Por diversos fatores, não consegui definir, até a última semana, se conseguiria ir ou não. Na mesma situação que a minha, teve outro que não conseguiu vaga nas pousadas da região.

Na estrada
Procura em tudo quanto é site, todos que apareceram no google e nada. Até tinha vaga, mas com preços fora do meu orçamento.

Por sorte, lembrei de uma pousada que um amigo havia me indicado a muito tempo. Arrisquei ligar e sim, eles tinham um quarto disponível! E pela metade do preço da outra que havia encontrado. Perfeito, vai nessa mesmo, nem perguntei mais nada.

Na quinta a noite deixamos tudo no jeito já, pois sexta a estrada era longa e eu tive que trabalhar cedo.

Na sexta, conseguimos sair às 9:30h rumo a Vargem Bonita.

Rumo ao sul de minas não tem nenhuma estrada duplicada. Só estradas de interior que cruzam no meio de cidades e cheias de lombadas, o que segurou bem a velocidade. Primeira parada foi em Pouso Alegre depois de quase duas horas de viagem.

De Pouso Alegre saímos rumo Alfenas, e de lá sentido Passos. Essa estrada é muito chata! Tudo reto, sobe e desce, desce a 130km/h, chega no final da subida a 80km/h... mas a viagem até que rendeu. Fizemos uma parada nesse trecho.

Antes de Passos pegamos a saída para Piumhi, estrada com visual lindo demais, beirando o lago de furnas, de onde se vê algumas cachoeiras na estrada e a hidroelétrica de furnas, pista simples, cruzando no meio de cidades e com lombadas, e por mais absurdo que seja, pedagiada!

Nessa estrada tem o famoso “Paraíso Perdido”, um tipo de parque com várias cachoeiras e poços pra tomar banho. O Casagrande estava lá, eu queria entrar, mas nem no final da tarde eles deram desconto pra gente, então desistimos (R$35 por pessoa pra curtir 2h achei demais e não ia dar pra ver muita coisa). Deixei pra uma próxima.

Na estrada do Paraiso Perdido
Em Piumhi último abastecimento antes do final da viagem, atravessamos a cidade (tem que andar por dentro dela pra chegar na estrada, muito ruim!) e os últimos 55km da viagem pareciam intermináveis, não acabavam nunca!

Vista do lago de furnas
Nessa estrada e chegando em Vargem Bonita tem umas lombadinhas na estrada, acho que tentaram fazer sonorizadores, mas são diferentes, dá umas porradas secas na moto e assusta quando não dá pra ver.

Chegamos em Vargem Bonita às 18:30h depois de 490km rodados.

Fomos direto pra pousada. Um senhorzinho muito gente boa ligou pro dono da pousada que fica no restaurante logo na entrada da cidade, que veio recepcionar a gente. Na verdade, a recepção deveria ter sido no restaurante (mesmo local onde é o café da manhã). Tudo certo, fomos tomar banho e o chuveiro queimou. Prontamente fomos transferidos de quarto.

Duas motos já tinham chegado, o Casagrande chegou mais tarde e o Alê chegaria só no sábado.

Vargem Bonita é uma cidade de interior mesmo, com 3500 habitantes, que apesar de hoje viverem quase na totalidade de turismo, ainda têm que aprender muito. O ritmo da cidade é até engraçado.

Café da manhã nas pousadas começa às 8h. Oras, se o parque abre as 8h, eu deveria conseguir chegar lá esse horário, catzo. Café as 7h já ajudaria. A noite fica pro final.

Indo pra Casca D'Anta
As 9h já estávamos na outra pousada pra seguir pra Casca D’Anta. Maravilhados com a vista, 22km tomaram mais de uma hora com todas as fotos que tiramos.



Da última vez que vim, não entrei na Casca D’Anta pois estava completamente sozinho e não tive coragem, achei arriscado. Hoje eu tinha que entrar!

Turma ainda incompleta
Não aguentei 10 minutos, estava tão frio e eu saí da água tremendo! Mas pelo menos posso falar que entrei! A Natália ficou numa pedra sentadinha só observando.

Curtimos bem a cachoeira (dentro do possível com a água tão gelada e o sol safado se escondendo) e tomamos o caminho de volta.




 A viseira do capacete da Natália resolveu declarar Independência e quase saiu voando. Nada que um tubinho de superbonder não resolvesse mais a noite.

Paramos num restaurante pouco à frente (à esquerda quando sentido Vargem Bonita), bem simples, mas com uma deliciosa comida de roça, muito boa mesmo. Não me lembro o nome, mas passa-se praticamente dentro dele quando estamos indo a Casca D’Anta, uma casa amarela.

Rumando novamente sentido Vargem Bonita encontramos o Alê que havia acabado de chegar  de Sampa.

Grupo reunido, decidimos parar em outra cachoeira no caminho (são várias). A escolhida foi a Cachoeira do Chinela. Que cachoeira gostosa! Água bem mais quente que a Casca D’Anta, poço com pedras pra se apoiar, deu pra curtir ali por muito tempo. Até tentamos subir pra próxima cachoeira que era por uma trilha a pé mas a trilha desapareceu pouco depois.

Bom, bora pra cidade que cansei de comer poeira, descansar que amanhão tem mais! Enquanto descansava, escutei um barulho familiar e vi que chegara mais uma moto pra curtir a canastra, com uma BMW GS1200. Ficamos conversando um bom tempo, eu babando na moto dele, e ele babando nas minhas viagens.

À noite um espetinho (única coisa que estava aberta), encheram meu baú de gelo e cerveja e ficamos por lá até acabar tudo.


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