Ilha comprida
Há tempos aguardava a
oportunidade perfeita para conhecer o litoral sul de SP. A parte
norte, com acesso mais fácil a quem mora no vale do paraíba, eu já
havia “mapeado” muito bem: conheço cada cantinho.
A travessia da Ilha
Comprida, os muitos quilômetros de areia estavam no topo da lista.
Saí de Taubaté na
parte da tarde. Com os recentes acontecimentos, evito ao máximo
andar em Sampa de moto, então desci ao litoral pela Mogi/Bertioga e
rumei ao sul, passando por Guarujá, Santos, Peruíbe e etc. Chega-se
à Régis Bittencourt e algusn quilômetros depois pega a saída
sentido Iguape/Ilha Comprida.
Ilha comprida é uma
cidade espalhada, e muito calma e pacata. Chegando em Iguape, é só
atravessar a ponte.
Infelizmente parece a
crise pegou lá de jeito, e além de quase todos os campings estarem
fechados e com placa de “Vende-se”, mal há iluminação nas ruas
a noite. Asfalto em meia dúzia de ruas fora a da orla.
Depois de perambular
pelo centro em busca de um camping, sem sucesso, segui rumo ao norte,
onde alguns quilômetros pra frente encontrei a Pousada e Camping
Beira Mar (que, diga-se de passagem, também estava com placa de
“vende-se”), onde iria montar a barraca por R$30, até o dono
oferecer um quarto por R$40... e ali fiquei.
O percurso do dia era
conhecer o norte da ilha pela manhã, chegar em Cananéia à tarde,
para no próximo dia, durante o retorno, fazer a famosa trilha do
despraiado na volta pra casa.
Saí em direção às
dunas, e resolvi que queria tomar café. Virei, voltei e alguns kms
depois de passar na pousada, o pneu traseiro fura.
Resolvi voltar pra
pousada e tentar trocar a câmara sozinho, e, pasmem, com muito
orgulho, posso dizer que pela primeira vez na vida consegui trocar
uma câmara sem estragar ela. Mas como a fita de proteção que fica
na cabeça dos raios se perdeu, sabia que era questão de tempo até
furar a câmara nova. Isso me tirou um pouco o tesão.
Fui calibrar direito o
pneu pra assentar o talão, aproveitei pra abastecer e tomar um café,
e voltei conhecer o norte.
Me diverti nas dunas,
um parque de diversões pra quem gosta de offroad. Só me faltava uns
pneus melhores, já que com pneus lisos não havia tração pra subir
nas dunas. Me diverti ali por um tempo. Fui conhecer a vila que fica
no extremo norte da ilha, e voltei. Cheguei na pousada, arrumei as
coisas pra ir embora e com tudo arrumado olho no relógio: ainda eram
11:00h.
Resolvi seguir pra
Cananéia, sem pressa. Fui pela avenida principal até acabar o
asfalto, segui mais um pouco. De repente a estrada sumiu, só tinha
grama. Aí não teve jeito, atravessei a faixa de areia fofa e
cheguei a orla, onde já avistava alguns carros andando.
Pouco tempo depois,
passo um CrossFox parado. Antes de um riozinho, parei pra tirar fotos
e ele resolveu atravessar o rio mais perto do mar. Mau negócio. Não
sei o que aconteceu, mas o carro parou e não ligava mais. Consegui,
às custas da minha enbreagem, puxar o carro pra areia seca. Como não
conseguiria fazer nada, segui viagem.
Nenhum vídeo que vi
da ilha faz juz a sua beleza. É muito bonito! Também colaborou que
o dia estava perfeito, com um belo céu azul. Segui sem pressa e logo
me vi esperando a balsa. Ao olha no relógio, ainda eram 12:30h!
Em Cananéia, almocei
num restaurante lá e tentava pensar o que fazer. A moto já não me
deixava confortável: a embreagem patinando, a câmara com grande
possibilidade de furo e não ter uma câmara reserva, me deixava
apreensivo. Enquanto almoçava, olhei no GPS e ele dizia: seis horas
até casa.
Resolvi seguir. Saí
de Cananéia as 14:00h, cheguei em casa as 20:30h, cansado, e com
vontade de voltar.
Quarto |
Steve em ilha comprida! |
Que beleza de passeio! Essa ténéré é valente, hein? Parabéns!
ResponderExcluir